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VOCÊ NÃO PRECISA DO CÍRCULO CROMÁTICO PARA CRIAR COMBINAÇÕES INCRÍVEIS.

  • Foto do escritor: Felicitas Piñeiro
    Felicitas Piñeiro
  • 23 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 12 de fev.

Saí da Natura para me tornar designer de interiores buscando criatividade e liberdade. Dei um salto ao vazio em busca do meu lado mais criativo, aquele que ficava escondido enquanto eu trabalhava como funcionária. Imagine então o meu choque, ainda na formação de designer de interiores, ao ouvir que o círculo cromático era "a forma" de combinar cores. Meu coração ficou apertado. Como poderia uma ferramenta - que todo mundo usa da mesma forma - ser o guia absoluto da criatividade?


Eu me resisti a pensar que o círculo cromático seria a única (ou a melhor) forma de combinar cores. Algo em mim dizia que havia algo a mais do que ninguém estava falando.

Muitos anos se passaram e continuo na resistência, levantando firme a bandeira da liberdade no uso das cores e lutando contra o que considero um dos maiores limitantes da criatividade no mundo das cores. Depois de mergulhar de cabeça no estudo das cores, eu descobri esse algo a mais. Conectei tudo que aprendi ao longo do tempo — da natureza, professores, livros, arte — e cheguei a uma certeza que transformou meu trabalho: o círculo cromático está longe de ser a única, e muito menos a melhor, forma de combinar cores.


Se hoje tantas mulheres ainda seguem obcecadas pelas “harmonias do círculo cromático”, a razão é simples: falta de conhecimento.


Quando não entendemos a fundo como as cores funcionam, buscamos fórmulas prontas e receitas seguras. Elas funcionam até certo ponto, mas te prendem em resultados repetitivos e previsíveis. Aí acontece o que você já sabe... todo mundo decora igual, veste igual, pinta igual, colore igual.





A verdade é que a cor é o elemento mais relativo do design. Ela muda com a luz, o contexto, o contraste, as proporções e até com os olhos de quem a vê. Cor é fluidez, movimento. Não dá para tratar um elemento tão dinâmico de forma estática, com regras fixas e fórmulas que não se adaptam.


É por isso que cor combina com liberdade.



Liberdade é sinônimo de autonomia e autoconhecimento. É entender como você se relaciona com as cores: saber quais cores você ama (e por quê) e quais você evita (e também por quê). Isso pode parecer simples, mas não é. Estamos tão rodeadas de referências externas — moldadas por algoritmos — que muitas vezes perdemos contato com o que realmente ressoa em nós.


Liberdade também é reaprender a ver cores. Como eu sempre digo, é preciso RE-aprender a ver cores. Enxergar a riqueza de tonalidades ao nosso redor, as sutilezas que não cabem nas 12 cores limitadas do círculo cromático. A prática de observar, treinar e criar vai transformar a forma como você se conecta com as cores e com o seu processo criativo.


Liberdade é conquistar a fluidez que só o treino e a prática podem trazer. Nada acontece como num passe de mágica, é preciso dedicação. Quer uma dica valiosa? A primeira paleta que vem à sua mente costuma ser a mais básica, simples e óbvia. E tá tudo bem! O segredo está em refazer. Uma, duas, três vezes... ou quantas forem necessárias, até começar a enxergar combinações mais criativas, inesperadas e únicas. Lembre-se: a prática transforma o óbvio em extraordinário!


Por isso eu criei o Detox do Círculo Cromático, um curso essencial para te ajudar a romper com velhos hábitos, abrir espaço para ampliar seu repertório e ganhar a leveza e a autonomia que seu trabalho com cores merece.



Todas as paletas de cores que ilustram este post foram realizadas sem usar o círculo cromático.


Abraço colorido,

Felicitas


banner do curso detox do círculo cromático

 
 
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